Será que os dias de vida da
gigante do streaming estão contados? Não haverá mais produções originais para
serem odiadas e amadas com a mesma intensidade? Um ditado popular bastante
conhecido diz o seguinte; “Ruim com ele, e pior sem ele”, nesse caso, ela. Como
você se sentiria se a Netflix pendurasse as chuteiras? Para qual plataforma
você migraria? Muitas perguntas, não é mesmo? Mas não precisa se preocupar,
chorar ou fazer um discurso fúnebre via Facebook ou Twitter, pedindo para os
deuses criadores trazê-la de volta. Recentemente, uma matéria do Los Angeles
Times, falou sobre o possível futuro tenebroso que a distribuidora de conteúdo
online está para enfrentar; devido a uma dívida a longo prazo em torno de 20
bilhões (63 bilhões de reais), com relação a direitos de distribuição de conteúdo
e outras obrigações econômicas. Mas a própria Companhia refutou o valor da
dívida, em nota à BBC Mundo, disse que o valor seria de 4,8 bilhões, o que não
deixa de ser um débito, mas vamos jogar os números para o escanteio por
enquanto, porque o que nos interessa é se ela vai cair no abismo ou não.
Contradizendo as informações
de que a Netflix pode ir à falência devido aos empréstimos bilionários, Ted
Sarandos, diretor de conteúdo da empresa, disse, em entrevista à Variety que
serão investidos 7 bilhões em conteúdo original dividos entre filmes e séries
para 2018. Vale ressaltar que, recentemente a companhia contratou a roteirista
de Grey’s Anatomy, How To Get Away With Murder e Scandal, Shonda Rhimes, para
produzir séries diretamente para o catálogo da empresa e não mais para a ABC,
onde trabalhou por 20 anos.
Com essa nova parceria, a
Netflix poderá alavancar o número de assinantes, que atualmente está na casa
dos 100 milhões, visto que, Grey’s Anatomy é uma das séries mais populares do
catálogo. Um outro ponto chave dessa sociedade entre Shonda e Netflix, é o fato
da escritora ter total liberdade em suas criações, já que na emissora aberta,
seus trabalhos tinham que obrigatoriamente passar pelas mãos dos produtores do
canal, e no streaming, ela não vai precisar de revisores para censurar suas
produções, os dois lados serão beneficiados, e claro, o público também sai em
vantagem.
A disputa entre as empresas
de streaming está cada vez mais acirrada, a Apple, pretende investir 1 bilhão
para comprar e produzir conteúdo em 2018, com isso, se tornará uma das maiores
produtoras de Hollywood. A Netflix se sobressai devido aos conteúdos originais
de grande sucesso como, Orange Is The New Black, House Of Cards e a cancelada
Sense 8. No entanto, existe uma expressiva visibilidade da Hulu (Chance),
Amazon Prime, Youtube e da própria Apple.
A guerra entre elas estão
apenas começando, não existe possibilidade de rendição de nenhuma das partes,
pelo menos não por enquanto, dessa maneira, os assinantes poderão ter um leque
de possibilidades com relação aos conteúdos produzidos, e ao contrário do que
se fala, a Netflix está longe de morrer.
Texto publicado originalmente em 22/08/2017 | 10:29
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